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Vem aí o "I Encontro Pernambucano do Livro Infantil e Juvenil"


Prezados amigos,

Um dos motivos para que este blog viesse ao ar foi o de, além de apresentar e difundir o trabalho de vários criadores de LIJ em Pernambuco, preparar as bases para a realização do I Encontro Pernambucano do Livro Infantil e Juvenil, realizado com êxito em agosto de 2011, pelo que esperamos novas e melhores edições anuais. Há um grande número de talentosos criadores de LIJ em Pernambuco, que precisam se conhecer mais e melhor, unir forças e trabalhar em coletivo. Assim, além de convidá-los a colaborar com materiais para este espaço virtual, os convidamos a tomar parte neste projeto mais amplo que, sem dúvida, será um marco para o setor em nosso estado. Abraços a todos, Telma Brilhante e Antonio Nunes (Tonton) - Coordenadores do projeto. Contamos com vocês!

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Histórias para crianças


Acabo de concluir a leitura do "Histórias para crianças" de Isaac Bashevis Singer que, apesar de premiado com o Nobel de Literatura, ainda é pouco conhecido no Brasil. Dele, leia também, "No tribunal de meu pai", onde relata algumas de suas memórias de infância.

Transcrevo, a seguir, dois trechos do livro. O primeiro destes, um firme retrato de suas crenças quanto a escrever para crianças. O segundo, trecho de seu breve discurso proferido no banquete da gala do Prêmio Nobel.

"Na época de hoje, quando a literatura para adultos se deteriora, bons livros infantis são a única esperança, o único refúgio. Muitos adultos leem e apreciam livros infantis. Escrevemos não só para crianças como para seus pais. Eles, também, são crianças sérias".


Em seu discurso, Bashevis Singer afirmou haver 500 razões para que ele decidisse escrever também para crianças, e enumerou as dez mais importantes:

"Número 1 - Crianças leem livros, e não resenhas. Elas não dão a menor bola para os críticos. 2 - Crianças não leem para encontrar sua identidade. 3 - Elas não leem para se sentir livres de culpa, para aplacar sua sede de revolta, ou para fugir da alienação. 4 - Elas não veem utilidade na psicologia. 5 - Elas detestam sociologia. 6. Elas não tentam entender Kafka ou o Finegans Wake. 7 - Elas continuam acreditando em Deus, na família, anjos, demônios, bruxas, duendes, clareza, lógica, pontuação, e outras coisas obsoletas como essas. 8 - Elas amam histórias interessantes, e desprezam comentários, explicações e notas de rodapé. 9 - Quando um livro é chato, elas bocejam descaradamente, sem qualquer vergonha ou medo de autoridade. 10 - Elas não esperam que seu amado escritor redima a humanidade. Embora muito novas, as crianças sabem bem que ele não tem esse poder. Só os adultos alimentas ilusões tão infantis".

E como os escritos deste autor são centrados e passados no mundo judaico, o livro traz um rico glossário que ampliará ricamente a compreensão dos textos e dessa cultura, para os não iniciados na temática. Vale a pena conferir!

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